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O MISTÉRIO DAS DUAS IRMÃS


Dados Técnicos:

Nome Original: The Uninvited
Ano de Produção: 2009
Duração: 87 minutos
Gênero: Drama, Horror, Mistério
Formato: Longa Metragem


Com: Emily Browning, Arielle Kebbel, Elizabeth Banks, David Strathairn.

Tal como o último filme, este carrega a mesma marca de ser indicado por alguém no momento em que houve a “travada” para os nomes que iriam integrar a lista de filmes que iria assistir para esta primeira temporada.

Desta maneira, a mesma pessoa que me indicou The Lovely Bones (Um Olhar no Paraíso) acabou por me indicar este, e sempre que o assunto da lista ressurgia em nossas conversas, reiterava a “necessidade” que eu tinha de assistir a este filme dado os seus “atributos”.

Pois bem, aqui estamos nós, e vamos a ele, carregando sempre uma ponta de preocupação, medo e agonia, afinal, fui devidamente advertido diversas vezes do que teria pela frente.

Desta vez estamos diante de uma produção que é livremente baseada em uma obra coreana (mais um dos inúmeros terrores asiáticos que viraram moda por estas bandas desde o início do século), da qual não herdou sequer o nome, apenas a premissa.

Assim, estamos diante da história de Anna Ivers (Emily Browning) uma jovem que no momento que si inicia o filme tinha passado os últimos dez meses internada em uma clínica psiquiátrica após uma malfadada tentativa de suicídio após ver sua mãe, Lilian Ivers (Maya Massar), morrer num incêndio, enquanto padecia de uma doença que nunca se deram ao trabalho de explicar qual era; em circunstancias que ainda seguem misteriosas.

O filme começa com uma narração em off da protagonista em que ela está conversando com seu psiquiatra, Doutor Silberman (Dean Paul Gibson), mais uma vez sobre o dia do incêndio e como se deu o dia até dela até culminar com as chamas que consumiram com sua mãe, em que Anna relembra passar por uma floresta em que haviam três sacos e ao abrir um deles havia a ossada de uma criança que acaba falando com ela, o que acaba não sendo levado em consideração pelo psiquiátrica.

Naquele mesmo dia é acertada a liberação dela, para que, enfim, possa ir para casa, em que antes de ir a sua vizinha hospitalar (Heather Doerksen) lamenta muito a partida, afinal, ninguém mais escutaria a história dela.

No seu retorno ao lar ela é obrigada a lidar com uma readaptação de sua vida de forma bem dura, tendo que lidar com a descoberta de que a antiga enfermeira de sua mãe, Rachel Summers (Elizabeth Banks), agora é a namorada de seu pai Steven Ivers (David Strathairn).

Neste momento difícil a única pessoa com quem pode contar é com a sua irmã Alex Ivers (Arielle Kebbel) que não vem lidando bem com a nova realidade, além de não aceitar bem a relação do pai com a namorada, sendo constantemente ignorada por ele.

O filme se passa em uma cidade do estado americano do Maine (cujo nome, até onde eu tenha prestado atenção e não me darei o trabalho de procurar, jamais foi citada), tendo como principal cenário a casa da família Ivers que fica na beira de um lago (era um lago aquilo?), justamente o local em que dez meses antes ocorrera o incêndio que vitimara a matriarca.

Ao longo de todo o filme Anna é atormentada por visões de diversas pessoas mortas, não só de sua mãe, mas também de três crianças que ela não sabe quem é.

Sempre contando com a ajuda de sua irmã, as duas começam a desenvolver uma teoria de que Rachel não é quem diz ser, além de que acreditarem que ela na poderia sim estar envolvida de alguma maneira com a morte de sua mãe.

Assim, a trama gira em torno da busca das duas irmãs pela verdade sobre Rachel e como foi a participação dela no incêndio.

Em si este é o enredo do filme.

No papel a proposta até parece boa, mas na prática chega a ser uma temeridade o resulto dele.

É um filme bem pobre que nem o belo cenário (que não é no Maine, mas sim no Canadá) ajudou muito.

Até agora não entendi qual foi a ideia do filme ser um suspense ou terror, não chegando bem ao resultado em nenhuma das duas.

Acho que fui me prender ao “suspense” que envolvia a trama mais nos vinte minutos finais (que é quando ela realmente avança e tem algum senso de perigo), antes eu estava mais preocupado com o tanto de coisa que estava me incomodando nele.

Por sua vez, as tentativas de “assustar” foram tristes, repetitivas e patéticas, sempre apelando para a mesma tentativa, de algo “saltar” na tela e tentar pegar o publico desprevenido – o que deixa de acontecer depois da segunda vez, já que você se acostuma e fica esperando pela próxima vez que será obrigado a aturar este recurso ridículo.

O filme em si é uma confusão de ideias que não contribui muito para o senso de direção do filme, é incrível como algo com uma premissa tão básica “a madrasta malvada tem uma identidade secreta, qual será o passado dela?” não conseguiu ser minimamente executado.

A maioria dos personagens tem presenças apagadas e que você sequer lembra-se da existência deles quando saem de cena, e olha que é um filme com poucos personagens.

De longe o personagem mais irritante é Steven Ivers (há, esqueci-me de falar, ele é um escritor que aparenta ter algum sucesso e se vê à volta com o novo livro durante o interregno em que se passa o filme) que passa a sensação de ser um tremendo bananão e que não aparenta ter noção nenhuma do que acontece entre suas filhas e Rachel mantendo-se sempre numa dimensão paralela ao longo de todo o filme.

O único momento em que ele aparenta estar na mesma realidade que os demais personagens é quando tem uma discussão com Anna a respeito de Rachel, mas logo depois volta para o seu próprio Cosmo.

Sério. O sujeito em nenhum momento não conseguiu notar minimamente que o clima não estava bom dentro da casa dele?

Mesmo após o término do filme, a quantidade de decisões erradas que os personagens tomaram continua não fazendo qualquer sentido.

Porque diabos fizeram aquilo? Você sabe que vai dar errado o que eles irão fazer, e lá estão eles fazendo justamente aquilo. Não tem condições.

Então, sabe o trio de crianças que mencionei antes? Elas se vestiam como crianças dos anos 1940/1950, por conta disto em alguns momentos cheguei a cogitar que a possibilidade de que poderiam ter relação com um suposto prolongamento de vida através de sacrifícios humanos e talz, o que caiu por terra no momento em que foram reveladas as suas identidades.

Aliás, a história que envolve ela tem um tremendo buraco.

Não que importe, afinal a preocupação com o roteiro passou longe de ser a prioridade por aqui.

Não vou negar que o final me pegou de forma um pouco inesperada, já que a história estava igual há um balanço de barco já tinha cogitado uns finais que encaixariam com essa salada, e até que ele fez sentido para o que foi proposto.

O roteiro ficou sob (ir)responsabilidade de três pessoas. Craig Rosenberg, Doug Miro e Carlo Bernard, tendo como base a obra de Jee-woon Kim.

Apesar deste filme, Craig Rosenberg apresenta no currículo o roteiro de alguns episódios de The Boys e Preacher, como não assisti nenhuma das duas, não sei se são os episódios bons.

Enquanto que Doug Miro e Carlo Bernard foram os roteiristas do horrendo Prince of Persia: The Sands of Time (Principe da Pérsia: As Areias do Tempo) – coitada da Gemma Arterton, só entra em filme fria –, além do vindouro National Tresure 3 (A Lenda do Tesouro Perdido 3). Ele também roteirizou alguns episódios de Narcos, que também não assisti, então não sei se os episódios roteirizados não bons.

Ou seja, apesar de serem poucos os trabalhos, esta duplinha tem umas bombas no currículo e ainda ficam dando chances para ele.

Acabei não falando, mas a direção do filme também foi algo bem problemático, já que os atores não passam qualquer credibilidade em seus papéis.

E isso é um problema sério, já que você precisa da atuação convincente dos atores para que o trabalho passe alguma seriedade, o que não é possível de observar aqui.

E olha que o trio de atrizes principais, Emily Browning, Elizabeth Banks e Arielle Kebbel, são relativamente conhecidas e que poderiam ter entregado mais, o que acabou não acontecendo.

Emily Browning mesmo teve uma atuação bem caricata.

A direção do filme ficou a quatro mãos – e talvez por isso seja como foi – sendo de responsabilidade de Thomas e Charles Guard (que se dão ao trabalho de apresentarem como The Guard Brothers), sendo esta a única ação da dupla enquanto diretores (o que explica muito).

Afora isto, as maiores contribuições deles para o cinema foram na condição de estagiários, enquanto que Thomas Guard foi estagiário de câmera em 1492: Conquest of Paradise (1492: A Conquista do Paraíso), Charles Guard foi estagiário do departamento de câmera Judge Dreed (O Juiz), outro filme tenebroso, que fora protagonizado por Sylvester Stallone.

Desde o filme nenhum dos dois fora creditado para qualquer outra produção.
Assim, fica registra a melancolia que cerca este filme, sem ter mais nada que acrescentar aqui.


Gnomos por todas as partes!

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