Dados Técnicos:
Nome Original: Jack and Jill
Ano de Produção: 2011
Duração: 91 minutos
Gênero: Comédia
Formato: Longa-Metragem
Com: Adam Sandler, Katie
Holmes, Al Pacino, Elodie Tougne, Rohan Chand, Eugenio Derbez
Hora de falar outra vez de
um filme de Adam Sandler e aqui ainda somos premiados com ele em dose
dupla. É nessas horas que é importante escutarmos um “força” de quem quer que
seja, porque, só assim para conseguir aturar uma tranqueira dessas.
E “tranqueira” é a melhor
palavra para descrever essa atrocidade que tive de rever. Pois é. Infelizmente
já tive de assistir a esse troço em outra oportunidade e, bem, é aquele horror
que fica em nossa cabeça por anos e anos, e mesmo mantendo a maior distância
possível, em algum momento a sua mente te trai, e nos leva para o DUNCACCINO!
Nem mesmo o sujeito que acabou de passar aqui na rua enquanto escriva esse
texto, com um irritante som automotivo no talo, consegue ser tão desagradável.
A todo momento me perguntava
a quantas pessoas o Al Pacino estaria devendo para aceitar fazer parte
dessa aberração cinematográfica, porque ninguém, com o currículo que ele tem,
aceitaria de bom grado fazer parte disso aqui, só mesmo sofrendo severas
ameaças ou sendo alvo de algum agiota impiedoso. Tanto que a maior parte dos
atores que integram o elenco do filme são figuras recorrentes nas produções “sandlerlianas”,
caso de David Spade, Nick Swardson, Tim Meadows e Allen
Covert, só para ficar em alguns nomes.
As figuras se repetem aos
montes e se alguém não tiver mais nada para fazer na vida, pode tentar fazer um
“bingo” para identificar todos os nomes.
DUNCACCINO!
Então. Aqui somos obrigados
a acompanhar dois “problemas” que circundam a vida de nosso protagonista Jack (o
Adam Sandler). Ele é um renomado proprietário de uma agência de publicidade
(Por que estou olhando para você Gente Grande?), só que a sua principal cliente
exige a presença de Al Pacino em seu próximo comercial e estabelece um
prazo máximo para que ele seja contratado, do contrário, levaria seu contrato
para outra agência.
Tudo isso para fazer a infame
piada do DUNCACCINO.
Pois bem, acontece que em
nenhum momento há qualquer elemento substancial na trama (olha as coisas que estou
exigindo) de que a agência que levaria esse contrato teria o Al Pacino
como contratado. Ou seja, um grande nada. Isso que uma simples linha de diálogo
supriria isso, mas estou aqui esperando muito desse vazio ambulante.
De outro lado, nosso guerreirinho
tem que lidar com sua irmã gêmea, Jill (a Adam Sandler), que vem para
passar o dia de Ação de Graças com a família de seu irmão, e por quem ele não
nutre nenhuma simpatia.
Dois Adam Sandler na
pura canastrice por mais de uma hora e com uma trama furreca que só.
Enfim, o ator aparentemente não
sabe como uma mulher se porta, e consegue fazer tão somente replicar o que faz
com todos os seus personagens, a diferença é que vestindo peruca e se passando
por mulher.
Talvez nas mãos de um ator
melhor, mesmo tendo que lidar com esse roteiro que é uma bomba, o resultado
poderia ser mais interessante. Afinal de contas, temos em uma determinada parte
do filme que acompanhar Jack se vestindo como se fosse a sua irmã e tendo que
se comportar como tal, para seduzir Al Pacino. Mas não é nada engraçado,
o que acaba acontecendo é algo extremamente previsível e bobo, bem bobo, porque
tendo que se trabalhar com tipos diferentes, o irmão teria mais dificuldades em
se passar pela irmã, o que levaria a situações mais cômicas, na tentativa de
emular o estilo dela e a diferença de estilos de cada um. Bem longe do que
tivemos aqui, onde ela era o espelho dele.
O roteiro é uma ruindade que
só; não é por acaso, que além do manuscrito original, contou com duas revisões.
Dá até medo de imaginar o que tinha no início.
Ao todo cinco pessoas
deixaram suas digitais nessa trapizomba: Ben Zook, Steve Koren, Adam
Sandler, Robert Smigel e Allen Covert. Fico imaginando quem
foi o engraçadão que viu graça nas três tentativas de piadas escatológicas que
colocaram no filme.
Nenhuma delas teve graça.
Abusaram dos estereótipos com
os mexicanos e várias piadas repetitivas e sem graça sobre atravessar a fronteira
e pimentas. Só faltou o filtro amarelo quando a família de Felipe (Eugenio
Derbez) se reuniu. Ou vai que teve, e eu já desmotivado com o que assistia,
não reparei.
A direção ficou sob a batuta
de Dennis Dugan, um colaborador de longa data de Adam Sandler, sendo
responsável pela direção de vários de seus projetos, sendo que de longe, esse é
o pior deles.
De quem foi a ideia de colocar
aquele moleque colando coisas no corpo dele?
Meros planetas sinceros,
Ocultam mistérios
Mais uma vez o autor ataca um renomado ator pelo simples fato deste último não se posicionar de forma favorável ao clube de regatas Vasco da Gama, do qual o autor é reconhecidamente um famoso apoiador...
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