Dados Técnicos:
Nome Original: Battle
Beyond the Stars
Ano de Produção:
1980
Duração: 105
minutos
Gênero:
Ação, Aventura, Sci-Fi
Formato:
Longa Metragem
Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer
que tinha feito uma introdução toda bonitinha falando com mais aprofundamento
do papel de Akira Kurosawa e de uma
provável influência de Stanley Kubrick
no longa, mas como ela ficou bem grandinha e eu não iria saber citar todas as
referências que utilizei para fazer o texto, já que tinha muita coisa que
lembrei de cabeça enquanto escrevia, mudei para a atual, que vocês irão ver aí
em baixo, que é bem mais simples, com informações publicas e sem levar crédito
por trabalho alheio.
O trabalho de Akira Kurosawa é reconhecido e admirado em todo mundo, e algumas de
suas obras possuíram uma notável influência no cinema, não é por acaso que
pesquisa realizada pela BBC no final de 2018 acabou por condecorar quatro de
suas obras entre aquelas cem maiores de língua não inglesa.
E no topo desta lista encontra-se Shichinin no Samurai (Os Sete Samurais)
de 1964. Cuja trama foi replicada e recontada nas mais diversas roupagens deste
o seu lançamento, sendo o caso de maior sucesso em The Magnificent Seven (Sete Homens e Um Destino), um Western de 1960, dirigido por John Sturges e roteiro de William Roberts.
Mercenários das Galáxias foi mais uma destes
filmes a beberem da fonte de Kurosawa,
só que desta vez com uma roupagem voltada aos Cosmos.
Quanto ao filme, Mercenários das Galáxias é
um bom e divertido filme, que cumpre com louvor o seu papel, que é de entreter
o público.
Os cento e cinco minutos de projeção não
parecem se arrastar como em alguns outros casos.
Isso é. Tudo o que eu disse acima é mais
fácil de absorver, se você for, assim como eu, um admirador das Space Operas,
caso contrário irá enfrentar dificuldades para aproveitar o filme, com o louvor
e descontração necessários.
A trama do filme é simples e de fácil
absorção, em poucos minutos já estamos a par dela e acompanhamos o protagonista
em sua missão.
O pacífico planeta Akir é atacado pelas forças do ditador galáctico Sador (John Saxon) na tentativa de
conquistar mais um mundo, assim, coube ao jovem fazendeiro Shad (Richard Thomas) sair a bordo da única nave espacial existente
no planeta para recrutar um grupo de mercenários dispostos a enfrentar o vilão.
Assim, em sua busca, ele consegue reunir o
seu grupo que é composto pela “engenheira” (não sei como definir bem ela, já que
não fica expressamente clara no filme a ocupação dela, somente a sua ótima habilidade
com máquinas e computadores) Nanelia
(Darlanne Fluegel), o Cowboy do Espaço
(George Peppard) – sim, esse é o seu nome –, o mercador de escravos Cayman da Zona Lambda (Morgan Woodward),
o assassino Gelt (Robert Vaughn), o
ser multi-corpóreo e consciente Nestor
(Earl Boen, John Gowens), e, a Valquíria Saint-Exmin
(Sybill Danning).
Com meia hora de filme, todos já estavam
reunidos e prontos para o plano de proteção de Akir.
É importante notar que apesar do bom número
de personagens que são buscados para auxiliar o protagonista em sua jornada,
cada um deles teve uma apresentação digna, sem demandar muito tempo, e que
explica bem a motivação que levou cada um a aceitarem a missão.
Tá, nem todos, neste aspecto a aceitação de Nanelia, bem como a sua ida atrás do
protagonista foi “rápida” demais, sem nenhuma mínima explicação coerente, ainda
mais quando levada em consideração sua postura poucos minutos antes.
Na realidade, o casal protagonista do filme é
um sério problema, sendo um ponto extremamente prejudicial, você não consegue
se convencer por eles.
Não dá para ter certeza se essa era a ideia
por trás dos roteiristas quando escreviam o filme, mas a visão de “amor”
construída com base na ideia de “primeira vista” ou mesmo “puro” por detrás dos
dois soa um tanto quanto forçada ou mesmo simplória. É importante ressaltar que
toda a trama se passa no espaço de uma semana.
Acho que tomei certa birra pelo Shad.
Por ele ser o protagonista, acabei por notar
nele mais “defeitos” do que nos outros personagens.
Ao longo de todo o filme ele passou de eu já
ter visto aquilo em outro lugar, mas com mais defeitos à mostra. Ele acabou por
se revelar uma tentativa de duplicação do sucesso alcançado por Luke Skywalker (Mark Hamill) no primeiro
Star Wars (e sobre sua forte
influência vou falar adiante), tendo, inclusive, a mesma profissão de origem,
fazendeiro.
Ainda assim, não há AQUELE personagem
marcante que cative todo mundo, um ou outro tem algum aspecto que chama a sua
atenção e pode levar a certa simpatia.
Talvez você se simpatize pelo Cowboy do Espaço por conta do seu estilo
bonachão; ou mesmo pelo assassino Gelt
por ser marrento; ou talvez a sua preferência recaia pela Valquíria Saint-Exmin, dona de um visual bem
chamativo (apelativo).
Neste aspecto, e de uma forma geral, o vilão Sador, apesar de pouco tempo em tela, acabou
se saindo melhor e se mostrou “bom” e interessante sendo algo a destacar.
O filme ainda guarda outro aspecto negativo,
mas que pretendo falar dele ao final.
Apesar destes aspectos negativos que apontei
quanto aos personagens, o filme em si tem muitos aspectos interessantes.
A caracterização dos personagens é muito boa.
Muito boa mesmo. Toda a equipe responsável fez um excelente trabalho. Mesmo
naqueles personagens não humanos.
Para um filme de 1980, quando comparado com o
que vemos hoje em grandes produções, o resultado do Cayman da Zona Lambda é primoroso. E, apesar de eu ter gostado
bastante deles, o que deixaram a desejar neste aspecto acabaram sendo os Nestor, que ficaram um tanto quanto estranhos,
mas mantiveram o padrão estranho ao longo de todo o filme.
Mesmo os subordinados de Sador receberam um bom tratamento.
[Já ia esquecendo, ainda bem que lembrei. Em dada
altura do filme Sador perde o braço,
aí a solução que os responsáveis pela produção arrumaram, foi colocar o braço
do ator colado ao corpo, e ele com parte do braço para trás, para dar a
sensação de “perda”, só que qualquer um nota o recurso que eles usaram]
A direção do longa ficou sob a
responsabilidade de Jimmy T. Murakami,
que não possui outros trabalhos de destaque na direção, mas nada que o
impedisse de realizar um bom trabalho e ter entregado um filme agradável.
Por sua vez, o roteiro do filme coube a dois
nomes John Sayles e Anne Dyer.
O primeiro é a mente por detrás do clássico Piranha, por sua vez quanto à segunda,
não existe qualquer outro trabalho seu conhecido.
No meio disso tudo vez ou outra aparecia uma
piada de cunho sexual.
Como já dito, o roteiro do filme sofreu uma
forte influência de os Sete Samurais de Akira
Kurosawa, contudo, ao assistir o filme dá para notar e perceber que houve
também uma forte influência de Star Wars;
não atoa, já que A New Hope (Uma Nova
Esperança) fora lançado três anos antes e foi um marco na história do cinema.
Não só em seu protagonista que carrega fortes
semelhanças com Luke, como o próprio Cowboy do Espaço por muitas vezes tem
atitudes idênticas àquelas apresentadas por Han
Solo.
Além destes, há, também, a própria maneira
como se desenrola a apresentação das naves espaciais, com uma longa sequencia
com a nave principal atravessando toda a tela, assim como as batalhas entre
elas, a todo o momento você é chamado à sensação de que “isso é muito Star Wars”.
A própria arma principal do vilão se
assemelha e muito ao raio da Estrela da Morte.
Desta forma, não tem como não deixar passar
batido o papel influenciador de Uma Nova Esperança, ou então seriam muitas coincidências
ligando os dois filmes.
Nada que desmereça a qualidade dos efeitos
visuais do filme, que foram realizados com maestria.
Outra característica do filme que guarda
semelhança com outros é a trilha sonora, que em muitos momentos me remeteu a
trabalhos de John Williams, não só em
Star Wars.
Logo no início parecia que iria tocar o
clássico tema de Superman de 1978, e
já no clímax do filme vieram acordes que remetiam a clássica Marcha Imperial de
Darth Vader.
Quanto aos atores, não há muito que destacar.
Nenhum deles fez um papel vergonhoso, ou algo
que enchesse os olhos, entregando o que era esperado.
Assim, partindo para a conclusão, Mercenários
das Galáxias, como dito acima, é um filme bom e divertido que vale a pedida,
apesar dos problemas que mencionei.
As horas que você passa em frente ao sofá
serão bem recompensadas e divertidas, e não deixarão aquela sensação maçante ao
final.
Em que pese outro problema.
Trata-se de um filme bem “esquecível”, depois
de algum tempo você acaba não lembrando mais nada dele.
Foi o que aconteceu comigo, tem uns seis/sete
anos quando tive a oportunidade de assistir a esse filme pela última vez, e
quase nada dele eu lembrava quando fui rever agora, apesar de ter me divertido
bastante assistindo a ele.
Só me lembrava da personagem Saint-Exmin e nem por ela em si, mas por
conta da caracterização que adotaram para ela (quem assistir ou já assistiu vai
entender o porquê), fora isso, mais nada.
Da para entender bem porque Mercenários das
Galáxias se tornou um filme cult.
É estranho para alguém que gostou do filme
apresentar tantos problemas nele?
Ah! O Diretor de Arte do filme, bem como
Diretor Adicional de Fotografia, responsável pela fotografia dos efeitos
visuais, e responsável pelo design e construção das miniaturas foi um iniciante
James “Jim” Cameron (sim, Mercenários
das Galáxias foi o seu primeiro trabalho).
Lutas
pelas ruas.
É INCRÍVEL O ENORME DESCONHECIMENTO DE CAUSA DO AUTOR!!! O CARA FALA DE SAMURAI MAS NÃO TEM NADA DE SAMURAI NO ESPACO!! ISSO E SÓ PRA SATISFAZER O SEU ENORME EGO!!
ResponderExcluirQue povo feio!
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